Aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo uma audiência pública para tratar de assunto relacionado aos rodeios realizados no Estado, a pedido do deputado Feliciano Filho (PV), com o título: Rodeio: esporte ou crueldade?

Participaram do evento como palestrantes, Vânia Tuglio, Promotora de Justiça, Irvênia Prada, docente e orientadora no Curso de Pós-Graduação em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres da FMVZ – USP, Sônia Peralli Fonseca, Bióloga, com especialização em Zoologia e Roberto Gomes Vidal, presidente da CNAR – Confederação Nacional de Rodeio e presidente da Revista Rodeo Country.

O projeto de lei 825 de 2011 que tramita na Assembleia proíbe os atos de maus tratos cometidos contra animais nos rodeios, Festas de Peão e outros eventos do gênero, e aplica multas que variam de R$ 875.000,00 à suspensão definitiva do evento.

A norma proíbe a realização de práticas comprovadamente lesivas aos animais como: Prova do Laço ao Bezerro, Prova do Laço em Dupla (“calf roping” e “team roping”) ou Derrubadas (bulldog ou bulldogging), o uso do sedém, estocadas e choques elétricos e o rodeio mirim.

“Trata-se de uma discussão bastante delicada” disse o deputado Itamar Borges que esteve no evento realizado na Assembleia.

Muitos rodeios realizados nas Festas de Peões do interior de São Paulo figuram no calendário cultural como o maior evento anual do respectivo município. “Sou contra todos e quaisquer maus tratos aos animais, mas não podemos desconsiderar a força dos rodeios em São Paulo. Essas festas de confraternização proporcionam lazer aos seus visitantes, além de gerar emprego e renda para a cidade” acrescentou o deputado.

Segundo o parlamentar “é preciso encontrar um caminho para que as festas tenham continuidade nas cidades do interior paulista. Nos rodeios profissionais, como por exemplo em Barretos, não há nenhum tipo de maus tratos aos animais, salvo raros acidentes. Nos eventos amadores, é preciso orientar os organizadores para que não haja nenhum procedimento errado. De toda forma, entendo que essas festas não podem acabar jamais” justificou Itamar Borges.

Para Roberto Vidal – Presidente da CNAR – Confederação Nacional de Rodeio, o rodeio é uma atividade esportiva reconhecida por lei e os competidores são considerados atletas profissionais e, hoje, as competições de rodeio podem ser definidas como: esporte, cultura, arte e espetáculo.

Assessoria de Imprensa