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Defesa Agropecuária é a estrela da vez

Entre a conquista histórica do Brasil como país livre da febre aftosa sem vacinação e o desafio provocado pelo foco de gripe aviária em produção comercial, uma certeza se impõe: a defesa agropecuária está no centro das grandes questões do agro brasileiro. Deixou de ser apenas um tema técnico e passou a ser peça estratégica para a economia, a competitividade e a imagem do país no cenário internacional.

Se por um lado celebramos a conquista que amplia mercados e valoriza nossa carne bovina, por outro enfrentamos a realidade de uma doença com forte impacto sobre a avicultura nacional. A gripe aviária, mesmo com todos os prejuízos que causa, serviu para evidenciar a solidez do nosso sistema de defesa. A reação foi imediata, técnica e transparente — o que permitiu que países como o Japão limitassem as restrições a um raio de apenas 10 km do foco, mantendo a confiança no restante do território. São Paulo, com sua forte produção avícola, mostrou preparo: até agora, nenhum caso foi registrado.

É importante reconhecer que episódios como esse expõem uma fragilidade que ainda precisa de atenção: os produtores não podem ficar desamparados diante do fechamento temporário de mercados. Por isso, é essencial avançar em políticas de proteção econômica, seguros sanitários e fundos emergenciais. O Governo de São Paulo e o Planalto têm se mobilizado para isso — e precisamos manter o diálogo aberto com quem vive no campo.

Ao mesmo tempo, o reconhecimento do Brasil como país livre da febre aftosa sem vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal, representa um salto histórico. Com ele, abrimos portas para mercados exigentes como Japão, Coreia do Sul e México, aumentamos as exportações e fortalecemos a renda no campo.

Tive a honra de fazer parte dessa jornada. Quando estive à frente da Secretaria de Agricultura, ao lado do amigo Chiquinho Maturro e de uma equipe técnica competente, iniciamos as ações que permitiram a retirada da vacina em São Paulo em 2023. Investimos em estrutura, pessoal e equipamentos para preparar o estado — e, em 2024, recebemos o reconhecimento como território livre da aftosa sem vacinação. Um passo decisivo para a conquista nacional.

Hoje, como presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio e da Comissão de Agricultura da Alesp, sigo trabalhando para fortalecer nossas defesas, proteger o produtor e manter a credibilidade que conquistamos com tanto esforço.

A defesa agropecuária é a base da confiança que o mundo tem no agro brasileiro. Ela garante alimentos seguros, abre mercados e protege quem vive da terra. São Paulo é referência — e o Brasil mostra que sabe, sim, proteger seu agro como poucos.